Gelatina não é indicada para as crianças, afirma Proteste

Associação avalia 11 tipos de pós para o preparo da guloseima e conclui que a sobremesa tem excesso de açúcar, corante e adoçante. Especialista diz que o importante é moderar o consumo.

Sobremesa sempre presente na mesa das famílias - e principalmente na alimentação das crianças - a gelatina foi o alvo de uma pesquisa da Proteste.
A associação, que atua em defesa do consumidor, avaliou 11 tipos de pós sabor morango nas versões tradicional, zero e diet e constatou que os produtos não seriam indicados para as crianças. Os motivos? De acordo com a Proteste, a sobremesa conteria excesso de açúcar, adoçante e corantes artificiais.
As marcas avaliadas foram Bretzke, Royal (da Kraft Foods), Doce Menor (da Gold Nutrition), Dr Oetker e Sol (da J. Macêdo). Como afirma Daniel Magnoni, nutrólogo do HCOR, a gelatina é um alimento com pouco valor nutritivo, muito açúcar e corantes. Mas você não precisa riscá-la do cardápio do seu filho. O que vale é a moderação. “As crianças devem consumir gelatina apenas depois de completarem 1 ano. Antes disso, o produto pode provocar alergias, devido aos corantes”, afirma Patrícia Ramos, nutricionista do Hospital Bandeirantes.
A partir desta idade, o indicado é oferecer 2 ou 3 vezes por semana um copinho de 100 ml. “Mais do que isso é exagero”, diz Patrícia.Reduzir o consumo não é a única solução.
Uma alternativa é preparar a sobremesa de uma maneira mais saudável, misturando gelatina sem sabor (que não possui corante) a sucos de frutas. Outra dica é, em vez da gelatina, oferecer a própria fruta ou papinhas. “O melhor é adiar o máximo possível o contato das crianças com alimentos doces e repletos de substâncias artificiais. Quanto mais natural for a alimentação de seu filho, desde pequeno, melhor”, afirma.
Em relação às gelatinas com edulcorantes (um tipo de adoçante), a orientação de Patrícia é que o produto seja restrito aos diabéticos. No caso de crianças que precisem controlar a dieta, o ideal é apenas reduzir o consumo.
Pouco colágeno
Outro ponto destacado na avaliação da Proteste é a quantidade de colágeno. Muitos consumidores justificam o consumo da gelatina a essa substância, mas a pesquisa avaliou que as marcas possuem apenas de 0,76 a 2 g de colágeno - o que seriam quantidades insignificantes.
De acordo com o comunicado da associação, apesar de não existir um consenso, estudos sugerem que apenas a partir de 10 g o colágeno traria benefícios para a saúde. “Seria necessário consumir muita gelatina para realmente fazer a diferença”, afirma Patrícia Ramos.
O outro lado:
a posição das empresas A J. Macêdo, fabricante da gelatina Sol, informa, em comunicado, que seus produtos atendem a legislação atual e são elaborados dentro de padrões rigorosos de qualidade e higiente. A Kraft Foods, fabricante da Royal, e a Dr Oetker, também afirmam que seguem rigorosamente a legislação. Em relação à linha diet, a Kraft Foods destaca que tanto os edulcorantes quanto os corantes usados são aprovados pela ANVISA.
A Gold Nutrition diz que os produtos Doce Menor não são direcionados para o público infantil, e sim, para diabéticos em geral ou adultos que necessitem controlar a ingestão de açúcar. A J. Macêdo também destaca que desenvolveu a linha Sol Zero, sem adição de açúcar, para ofertar produtos que atendam a diferentes necessidades nutricionais. A Bretzke destaca que a quantidade de açúcar presente em sua gelatina é pequena se comparada com outras sobremesas consumidas por crianças e adultos.
Em relação ao colágeno, a empresa afirma que lançou a linha Bretzke Extra Colágeno (que não consta da pesquisa), um produto com 22 gramas da substância em sua composição.
http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI62607-15149,00-GELATINA+NAO+E+INDICADA+PARA+AS+CRIANCAS+AFIRMA+PROTESTE.html

Comentários

Sandra disse…
Os meus meninos raramente comem, O T. nunca comeu aliás.

Beijinhos nos seus meninos

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